quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

QUAL SERÁ A PEDAGOGIA PARA O FUTURO LÍDER?

Há 40 anos, em 1968, a crise da pedagogia manifestou-se em toda a sua realidade, período em que o valor do sistema escolástico como principal estrutura de ensino de socialização e de consenso foi colocado em discussão e, por reflexo, isso se estendeu a todo o mundo educativo. Mas o fato de tê-lo colocado em discussão não produziu nenhum modelo pedagógico que resolvesse o quanto criticado.

Desde então a pedagogia é constituída por uma excessiva fragmentação e por uma nova dispersão de intenções não epistemologicamente fundadas. Muitos dos numerosos saberes pedagógicos setoriais estão em extrema dificuldade de recuperar o núcleo unitário, justificativo e diversificante do discurso inerente à educação.

Por iniciativa da Associação Internacional de Ontopsicologia, da Academia Internacional de Informatização e da Associação Eslava de Ontopsicologia, junto à sede da UNESCO em Paris, realizou-se a conferência internacional intitulada Pedagogia contemporânea: responsabilidade e formação do líder para a sociedade do futuro, que reuniu mais de trezentos profissionais de diversos campos de atividade (psicologia, pedagogia, cultura, arte, business) e de diferentes origens (russos, italianos, franceses, alemães, brasileiros, ingleses, árabes, ucranianos, integrantes dos países bálticos).



Os relatores da conferência foram o Acad. Prof. Antonio Meneghetti (presidente da Associação Internacional de Ontopsicologia), a Acad. Prof.a Ludmila Verbitskaja (reitora da Universidade Estatal de São Petersburgo), a Prof.a Larisa Tsvetkova (decana e docente da Faculdade de Psicologia da Universidade Estatal de São Petersburgo), o Prof. Mohiaddin Mohammed Salik (Vice-presidente da Academia Internacional de Informatização), a Dra. Victoria Dmitrieva (Presidente da Associação Eslava de Ontopsicologia, Moscou), o Dr. Koshues e a Prof.a Petrova (da Academia de Imaginologia da Universidade de Moscou).


Se na conferência Uma nova pedagogia para a sociedade futura, realizada na Unesco em 30 de maio de 2006, Antonio Meneghetti tinha introduzido o tema da relação criança-sociedade, na sua intervenção de 2007 ele aprofundou temáticas específicas particularmente graves na realidade hodierna, predominada pelo consumismo, pela tecnocracia e pelo mercado: 1) o aumento do déficit de atenção e da hiperatividade nas crianças e nos adolescentes e 2) a futura potência da telefonia móvel.

Para maiores informações sobre o evento e sobre a conferência Pedagogia contemporânea: responsabilidade e formação do líder para a sociedade do futuro, consultar a publicação Nova Ontopsicologia. Recanto Maestro: Ontopsicologica Ed., ano XXV, n.1, março 2008, de onde foram extraídos e adaptados os trechos acima.

Para aprofundamentos sobre a pedagogia segundo a ótica ontopsicológica, indica-se o livro de Antonio Meneghetti
Pedagogia Ontopsicologica. 2.ed. Recanto Maestro: Ontopsicologica Ed., 2005.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

QUEM SOU, DE ONDE VIM, PARA ONDE VOU?

A pergunta mais difícil de responder é “quem sou?”. Sou o que os outros me dizem que sou, o que aprendi de mim mesmo, ou ainda uma outra coisa? Essa é a pergunta que todo o homem mais cedo ou mais tarde se faz e busca de algum modo em sua existência responder. Para o Acad. Prof. Antonio Meneghetti, fundador da ciência ontopsicológica, toda forma de pedagogia deveria auxiliar o indivíduo a responder a essa pergunta e, principalmente, a atuar a sua especificidade de ser, em crescimento contínuo, minuto a minuto, ao longo da vida. Ela deveria levar o indivíduo a aprender a ser pai e mãe de si mesmo, a ser um genitor perene e amante do próprio projeto existencial.

Quando o jovem se refere ao seu Eu (“eu gosto”, “eu quero”), deve perguntar-se: que Eu é esse? É o Eu que foi educado pela família e pela sociedade, e que portanto é um “personagem” fabricado? Ou é um Eu que reflete a própria identidade ôntica? Por meio da metodologia ontopsicológica o jovem pode compreender o seu projeto originário, aquele que a natureza lhe deu, pode saber-se por como é e não por como pensa.

O ser humano, quando nasce, possui um projeto virtual, uma intencionalidade própria, uma virtualidade que lhe é específica (Em Si ôntico). A pedagogia ontopsicológica tem o escopo de auxiliar a criança (jovem e adulto) a explicitar e desenvolver a sua especificidade, a sua forma, o seu modo de ser que é único e irrepetível.

Cada indivíduo possui intrínseco o seu design, e a pedagogia ontopsicológica é a arte, a técnica apurada para desenvolver de modo distinto o potencial humano em cada singular pessoa e grupo social. Uma vez que a pessoa torna-se autônoma, a pedagogia serve para que cada um se crie continuamente, para que cada pessoa seja genitor de si mesmo, assumindo com responsabilidade a própria existência em vantagem de si mesmo e da sociedade em que se encontra.

Para aprofundamentos sobre a pedagogia segundo a ótica ontopsicológica, indica-se o livro de Antonio Meneghetti Pedagogia Ontopsicologica. 2.ed. Recanto Maestro: Ontopsicologica Ed., 2005.

domingo, 6 de dezembro de 2009

PEDAGOGIA E POLÍTICA: A CRIATIVIDADE


De 23 a 27 de maio de 1986, no Hotel Ergife, em Roma, realizou-se o XI Congresso Internacional de Ontopsicologia, sobre o tema “Pedagogia e política: a criatividade”. Promovido pela Associação Internacional de Ontopsicologia, este foi um evento histórico que teve a participação de um grande número de expoentes do mundo científico internacional.

Participaram do congresso Frank Barron (docente de psicologia da Universidade Santa Cruz, da Califórnia, diretor do Barron Centre de criatividade aplicada), Gori S. Gunvald (Presidente do International Council of Psychologists, da Noruega), Jean Godin (Diretor do Instituto H. Erickson, de Paris), Gladis Lorenzo (Presidente da Hispanic Psycological Association of South Florida, EUA), Peter Pfister (Universidade de Newcastle, Austrália), J. Muntañola Thornberg (UPC, Espanha) e o famoso crítico B. Panter (EUA).


Organizaram-se mesas redondas sobre os temas como criatividade na pedagogia, psicoterapia, musicoterapia. Em uma delas reuniram-se os representantes das mais importantes associações científicas inerentes à psicologia: Prof. Antonio Meneghetti (Presidente da Associação Internacional de Ontopsicologia), Dra. G. S. Gunvald (Presidente da International Council of Psychologists), Dr. H. Betancourt (Secretário geral da Sociedad Interamericana de Psicología), Prof. R. de Wolff (Secretário geral da International Association of Applied Psychology), Dra. M. Comas Diaz (American Psychological Association).


“O congresso tinha como escopo elucidar o que é criativo. Criatividade não significa o que é novo, diferente e espontâneo, porque nesses adjetivos estão também os sintomas da esquizofrenia. Criatividade significa produzir alguma novidade que determina um ganho de evolução qualitativa tanto para o produtor quanto para o fruidor. Ganho de inteligência, de saúde”, relata o Prof. Antonio Meneghetti.

Veja os depoimentos dos participantes do evento.

Para maiores informações sobre o evento e transcrições das mesas redondas, consultar a publicação Nuova Ontopsicologia. Roma: Psicologica Ed., ano IV, n.3, junho 1986, reeditada na Collezione Riviste compêndio de 7 volumes de todas as edições da revista Nuova Ontopsicologia publicadas desde 1983.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

POR QUE UM JOVEM PODE INTERESSAR-SE PELA PEDAGOGIA ONTOPSICOLÓGICA?

Um jovem que tem ambição de crescer e se realizar, que quer ter sucesso na vida, que busca ser especial e quer encontrar o sentido de sua vida pode encontrar na pedagogia ontopsicológica um instrumento eficiente de conduzi-lo de modo ordenado a atingir o seu fim último, a sua realização existencial em todas as dimensões.

A pedagogia, uma das aplicações do método ontopsicológico, auxilia a pessoa que tem disposição a identificar e conhecer a sua realidade, apreender quem é, que características são individuais e quais são comuns a todos os outros seres humanos, que tendências naturais são próprias, o que é a verdade para si, o que deve fazer para construir a sua pessoa etc.

Esse conhecimento é essencial pois é através dele que o jovem consegue posicionar a própria vida onde é mais importante. Na medida em que o homem, por meio desse conhecimento, começa a saber como é e como foi educado, poderá então compreender o que fazer para construir-se dentro da estrada que é apenas sua, única e irrepetível. Neste processo, a pedagogia auxilia o jovem a fazer, a ter condutas que lhe auxiliem a centrar sua ação em seu ponto-força e, a partir dele, construir-se, inventar-se como pessoa no mundo.

A pedagogia ontopsicológica tem o escopo prático de educar o sujeito a fazer e a saber a si mesmo: fazer uma pedagogia de si mesmo como pessoa-líder no mundo, educar o próprio Eu, a própria consciência com condutas vencedoras.

Para maiores informações sobre a pedagogia segundo a ótica ontopsicológica, indica-se o texto de Antonio Meneghetti A pedagogia ontopsicológica, publicado no Manual de Ontopsicologia. 3.ed. Recanto Maestro: Ontopsicologica Ed., 2004. pp.441-453.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

A QUE SE PROPÕE A PEDAGOGIA ONTOPSICOLÓGICA?

Recorrendo à origem etimológica do termo (do grego παις = criança / do grego αγο e do latim ago = fazer, acompanhar), a Ontopsicologia define a pedagogia como a “arte de coadjuvar e desenvolver uma criança à realização”.

A real novidade da escola ontopsicológica aplicada no campo pedagógico é a descoberta do critério-base de natureza do ser humano: o Em Si ôntico. Uma vez individuado o Em Si ôntico, caso se consiga fazer uma pedagogia que consinta o desenvolvimento desse projeto de natureza, obtém-se como resultado um indivíduo em primeiro lugar sadio e, depois, em condições de realizar a própria existência de modo criativo.

O escopo prático da pedagogia segundo a ótica ontopsicológica é “educar o sujeito a fazer e saber a si mesmo: fazer uma pedagogia de si mesmo como pessoa-líder no mundo; educar um Eu lógico-histórico com capacidades e condutas vencedoras”.

Para alcançar esse resultado é preciso redescobrir, individuar as informações provenientes do projeto-base da natureza ínsito em cada ser humano.

Através de um método próprio de análise e intervenção, a ciência ontopsicológica dá a possibilidade racional de discriminar, controlar e dar crescimento evolutivo ao sujeito segundo a sua intrínseca especificidade.

Posteriormente, é necessário rever e reescrever muitas fórmulas de compromissos históricos entre indivíduo e sociedade. É preciso saber formalizar as informações desse projeto original na história, discriminando-as das informações que sobretudo a família e em particular a mãe – também a custo de si mesma sob a pressão histórica e social – introduziram na criança desde os primeiros quatro anos de idade.

“Toda a visão ontopsicológica em relação à pedagogia é uma auscultação dos sinais do código-base da vida, que a criança possui intrinsecamente, para adaptar progressivamente este projeto fundamental à elaboração da construção e responsabilidade social”.

Trechos extraídos e adaptados do texto Introdução à Pedagogia Ontopsicológica contido na obra de Antonio Meneghetti Pedagogia Ontopsicológica. 2.ed. Recanto Maestro: Ontopsicologica Ed., 2005. pp.17-36.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

UMA NOVA PEDAGOGIA PARA A SOCIEDADE FUTURA

Se quisermos uma pedagogia funcional ao presente, devemos lançar as bases da técnica e da arte para colaborar com o grande projeto da vida que está em cada criança.

Fundada em 1946, a UNESCO (Organização Cultural, Científica e Educativa das Nações Unidas) compreende hoje 191 países membros e 6 países associados e tem o escopo de encorajar e endereçar a colaboração entre nações nas áreas de educação, ciência, cultura e comunicação. Entre todas essas áreas sabemos que a mais crucial é aquela da educação, pois, tratando da criança, influenciará o homem adulto na sua cultura, no seu fazer ciência e no seu fazer comunicação. Além disso, analisando bem, o processo pedagógico é de fato sempre uma psicopedagogia, já que subentende pelo menos uma concepção do homem e da sociedade.

De fato, muitas escolas de psicologia procuraram dar uma contribuição à pedagogia; e mais, podemos dizer que a educação é também um laboratório de aplicação das nossas concepções psicológicas – um laboratório onde os tempos de verificação são longos, mas os resultados irrefutáveis, visto que consentem uma verificação objetiva nos indivíduos adultos que aquela pedagogia produz.

Infelizmente, hoje é evidente que o produto da nossa pedagogia está, na grandíssima maioria dos casos, despreparado para o ingresso na sociedade adulta, irresponsável frente aos requisitos que a sociedade recebe dos seus constituintes, e incapaz de propor e levar adiante uma melhoria no contexto social em que se encontra. Pelo contrário, frequentemente os jovens parecem se fixar em uma atitude de agressividade contra si mesmos ou contra o social, e repetidamente vemos aquilo que na origem era instinto de crescimento descarregar-se de modo patológico.


Dessas simples constatações nascem importantes interrogações, e com base nelas é que foi organizada, em 30 de maio de 2006, na sede central da UNESCO, a conferência intitulada “Uma nova pedagogia para a sociedade futura”, presidida pelo Acad. Prof. Antonio Meneghetti (Presidente da Associação Internacional de Ontopsicologia), com a participação do Prof. Mohiaddin Mohammed Salik (Vice-presidente da Academia Internacional de Informatização), Sr. Valery Runov (Representante da Federação Russa na UNESCO, em Paris), Sr. Qian Tang (Diretor Executivo do Escritório para o Setor Educacional da UNESCO), Prof.a Larisa Tsvetkova (Decana e Docente da Faculdade de Psicologia da Universidade Estatal de São Petersburgo, Rússia), Dra. Victoria Dmitrieva (Presidente da Associação Eslava de Ontopsicologia, Moscou), Dra. Gabriella Palumbo (Associação Européia de Ontopsicologia) e Andrea Pezzi (ator e apresentador de televisão).


O escopo da conferência foi dar uma resposta concreta a essas interrogações e, sobretudo, pôr as bases de partida de uma pedagogia funcional à evolução do humanismo, segundo as exigências da nossa sociedade atual.

Na conferência, realizada diante de uma platéia interdisciplinar e internacional, e que nesta sede podemos sintetizar como sumos líderes, o Prof. Antonio Meneghetti apresentou os conceitos fundamentais da visão ontopsicológica sobre a pedagogia, reassumiu a própria experiência prática de educador e, sobretudo, ilustrou a visão prática de uma “nova pedagogia”, na qual o dever da educação cai principalmente sobre adequadas instituições sociais, deixando à família biológica um papel formativo diferente daquele que estamos culturalmente habituados.


Para maiores informações sobre este evento e sobre a conferência Uma nova pedagogia para a sociedade futura, consultar a publicação Nuova Ontopsicologia. Roma: Psicologica Ed., ano XXIV, n.2, dezembro 2006, de onde foram extraídos os trechos relatados acima.